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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Cenas do Brasil debate acesso escolar de crianças e adolescentes.

Mães falam sobre as dificuldades encontradas, Legisladores falam sobre os Direitos, e o MEC diz qual o papel de cada segmento..


Dedicado a todas as pessoas com Deficiência Física.

Um dia não muito distante a sociedade ainda mudará suas atitudes.


Deficiência Fisica - Conceitos, tipos, superação.

Vídeo que mostra a Deficiência Física e momentos de superação.


TV Escola Educação Especial Bem além dos limites Deficiência física;

Este vídeo vem nos dar um norte de como ajudar no desenvolvimento dos nossos alunos com Deficiência Física.


Educadores aprovam Moção pela Meta 4 do PNE que garante inclusão escolar

A Faculdade de Educação da Unicamp, com o apoio da Mais Diferenças, promoveu no dia 28 de agosto o Fórum Desafios do Magistério “A Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva”. O evento foi organizado pela Profa. Dra. Maria Teresa Eglér Mantoan, coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diferença (Leped/FE/Unicamp) e coordenadora do Fórum Nacional  de Educação Inclusiva.
O Fórum Desafios do Magistério contou com a presença de mais de mil educadores, de todos os cantos do Brasil, que lotaram três auditórios do Centro de Convenções e um auditório da Biblioteca Centra da Universidade. Foram debatidos temas como direito à educação, Meta 4 do Plano Nacional de Educação Inclusiva, gestão pública para a educação inclusiva, práticas pedagógicas para todos e interlocução entre escola comum e serviço especializado.
Ao fim do dia, foi aprovada por aclamação uma moção de apoio à Meta com seu texto original, que foi garantida pelo parecer do relator do Plano Nacional de Educação do Senado, José Pimentel, em seu parecer.
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Moção de apoio à universalização do acesso e permanência na educação para crianças e jovens de 4 a 17 anos por meio da manutenção do texto original da Meta 4 do Plano Nacional de Educação – PNE
Considerando:
- A Constituição Federativa do Brasil;
- A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência;
- O Plano Viver sem Limites (Decreto 7.61/11);
- As deliberações da Conferência Nacional de Educação (Conae 2010);
- As diretrizes da Educação Básica (Resolução N. 04 de 2010);
- O Estatuto da Criança e do Adolescente.
Nós, participantes do Fórum Desafios do Magistério: a Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, ocorrido no dia 28 de agosto de 2013, no Centro de Convenções da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), manifestamos por meio desta moção o total apoio à redação dada à Meta 4 do Plano Nacional de Educação – PNE pelo relator Senador José Pimentel em seu parecer na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) ao Projeto de Lei da Câmara (PLC) nº 103, de 2012 (Projeto de Lei – PL nº 8.035, de 2010, na origem).
O texto fora apresentado ao Congresso Nacional pelo Ministério da Educação em 2010 e está de acordo com as deliberações da Conferência Nacional de Educação (Conae 2010) – que teve ampla participação da sociedade civil em todos os municípios e estados brasileiros. Eis o texto:
Meta 4: universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino.
Considerações:
1. A Constituição Federal, o artigo 24 da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (que tem status constitucional), o Estatuto da Criança e do Adolescente e todo o marco legal brasileiro preveem sistema educacional inclusivo, amplo e irrestrito, e não sistema de ensino paralelo.
2. Um país republicano garante a todas as crianças e adolescentes o direito à convivência e à aprendizagem nas escolas comuns, sem restrições.
3. É preciso esclarecer: Educação Especial é modalidade que disponibiliza as medidas de apoio à inclusão escolar por meio da oferta do Atendimento Educacional Especializado (AEE).
4. O AEE é garantido constitucionalmente e tem financiamento assegurando por meio do Fundeb, que garante o cômputo da dupla matrícula: uma no ensino comum e uma no AEE.
5. O AEE, complementar e/ou suplementar, pode ser ofertado em salas de recursos multifuncionais na escola comum ou em instituições especializadas conveniadas com o poder público.
6. A inclusão escolar é um direito que beneficia pessoas com e sem deficiência e que é garantido por meio da convivência e de práticas escolares inclusivas.
7. A inclusão escolar fortalece a autonomia do estudante, torna-o um cidadão participativo e possibilita sua inserção no mundo do trabalho.
8. Pessoas com deficiência são parte inerente da sociedade e a escola inclusiva desperta para essa realidade. É preciso agir imediatamente para impedir que novas gerações continuem discriminando pessoas com deficiência.
9. É direito do aluno estudar na escola de sua comunidade. A escola comum é a garantia desse direito e beneficia toda a família.
10. A escola inclusiva tem como princípio a acessibilidade e, ao utilizar tecnologia assistiva e práticas pedagógicas inovadoras, promove a qualidade do ensino e da aprendizagem.
11. A escola inclusiva parte do pressuposto de que todas as pessoas aprendem e legitima as diferentes maneiras de ensinar e de aprender.
12. A segregação viola os direitos humanos. Uma forma perversa dessa violação é a classe especial. É o ápice do apartheid: a própria escola institui barreiras e promove a prática da discriminação.
13. Enquanto houver qualquer espaço de segregação, é para lá que os estudantes correm o risco de serem encaminhados.
14. Os investimentos realizados na escola pública para a acessibilidade, formação de professores, materiais, entre outros, possibilitam a garantia de acesso dos estudantes público-alvo da educação especial na educação. Dinheiro público deve estar na escola pública, porque este é o espaço legítimo de atender a todas as necessidades pedagógicas dos estudantes.
15. Estamos falando de um Plano Nacional de Educação, ou seja, de uma lei que define onde o país quer chegar nos próximos dez anos. Portanto, suas metas devem visar avanços para a garantia do direito. Segregação não é meta, é retrocesso.
“A democracia não é um jogo de palavras. A democracia são os fatos, a prática diária e concreta do respeito à nossa Constituição e a defesa dos interesses do povo, e não a subserviência, o calar ante as manobras e às violências dos poderosos.”
(Maurício Grabois, 1946)

Iº Seminário de Educação Inclusiva de São José de Mipibu/RN.

O Iº Seminário de Educação Inclusiva de São José de Mipibu, com o tema "APRENDER PARA INCLUIR E INCLUIR PARA APRENDER" realizado nos dias 08 e 09 de agosto de 2013, no Salão de Eventos da Loja Maçônica  foi a concretização do trabalho da Secretária Municipal de Educação Lúcia Martins, e do Setor de AEE, sob a Coordenação da Professora Tatiane Lima, e das Professoras de AEE: Aline Nogueira, Andréia Trindade, Manu Emmanuelle, Fernanda Faviana, Janete Gladis, Lecitânia BarbosaLuzilene Lacerda Luto, Graça Araújo, Maria José PachecoMaria Leandra Pereira FernandesNarciza Fatima, e Rosângela Mendonça Martins Santos.
O mesmo contou com a participação de mais de 200 pessoas, entre elas Professores, funcionários, pais e pessoas com deficiências, além da participação dos Vereadores Jota Veras e Magna Barreto, bem como do Chefe de Gabinete Clidinor Ferreira.
Tivemos como Painelistas: a Promotora de Justiça Dra. Heliana Germano e o Representante da Secretaria no GGE do BPC nas escolas, Joiran Medeiros. AS palestrantes foram: Marlete Brito de Melo, Rosa Maria da Silva Gomes Brito e Caroline Leôncio.
As apresentações culturais da Escola CERU, sob a Coordenação do Professor Gilberto Felipe e Direção de Elias Alves; Grupo de Capoeira Cordão de Ouro, do Bairro Novo, sob a Coordenação do Professor Flavio BOB, bem como o Show Louvor das alunas com deficiências Ane Caroline e Pauline.
Os relatos de experiências "Superando os limites" com: Silviane, Adriano, Adriana, Nazareno, Marcela, Francisco Vivaldo e Pauline, e o vídeo de Maria Luiz filha de Pais Professores (Leci e Joaquim). Presença dos Bloqueiros: Fran Moura, Franci Claúdio, Daltro Emerenciano e Ilma Emerenciano. Também da nossa 1ª Coordenadora Administrativa de AEE e Ex- Secretária Claúdia Alves e de Radialista da Rádio Olho D'água. O Espaço para a realização foi cedido pela Loja Maçonica de São José de Mipibu.

 NÓS QUE FAZEMOS AS SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS COM ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO- AEE agradecemos a presença, o apoio e a colaboração de todos.

TEMA CENTRAL:

FAIXA DE DIVULGAÇÃO

PAINELISTA: JOIRAN MEDEIROS E A CERIMONIALISTA: GRAÇA ARAÚJO

PROFESSORAS DE AEE EM SÃO JOSÉ DE MIPIBU.

CERIMONIALISTA - GRAÇA ARAÚJO.


MESA DE ABERTURA. TATIANE (Coordenadora de AEE), MARCELO (Presidente do CME), LUCIA MARTINS (secretária Municipal de Educação) =, CLIDINOR FERREIRA *Chefe de Gabinete), JOIRAN MEDEIROS (pailnelista e Repsonsável pelo BPC) e HELIANA GERMANO (Promotora de Justiça).


APRESENTAÇÃO CULTURAL DA MÚSICA DE XUXA: MUITO PRAZER EU EXISTO. COM A PARTICIPAÇÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS.

MEMBROS DA APRESENTAÇÃO - ALUNOS DO CERU.

MESA DOS PAINÉIS. COORDENADORA TATIANE, PAINELISTAS: JOIRAN E HELIANA

JOIRAN FALA AOS PRESENTES

GRUPO DE CAPOEIRA COM A PARTICIPAÇÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS.

TODOS ATENTOS AS APRESENTAÇÕES.

1ª PALESTRANTE: MARLETE BRITO.


MOMENTO DE MUITA EMOÇÃO: ALUNAS COM SÍNDROME DE DOWN E CRI-DU-CHAT. LOUVAM A DEUS. ESTE MOMENTO FOI DE EMOÇÕES, LÁGRIMAS E OS SENTIMENTOS FLUÍRAM BASTANTE.


PRESENTES HOMENAGEIAM EM PÉ AS CANTORAS, PAIS DE ALUNA COM DEFICIÊNCIA SE ABRAÇAM EMOCIONADOS. E É IMPOSSÍVEL CONTER AS LÁGRIMAS NESTE MOMENTO

2ª PALESTRANTE: ROSA BRITO.

CERIMONIALISTA E PROFESSORA DE AEE, GRAÇA ARAÚJO; PROFESSORA DE AEE E INTERPRETE DE LIBRAS DA CIDADE DE PARNAMIRIM ELIZETE CHAGAS E PROFESSORA E COORDENADORA DE AEE TATIANE LIMA.

3ª PALESTRANTE: CAROLINE LEÔNCIO.

MOMENTOS DE MUITAS EMOÇÕES E SUPERAÇÕES:

SILVANE - DEFICIENTE VISUAL - MATERIAL CONFECCIONADO PELA MESMA.

ADRIANE - DEFICIENTE INTELECTUAL.

ADRIANA DIFICULDADES NA FALA, NOS MOVIMENTOS MOTORES, SUPEROU HOJE É PROFESSORA EM ARÊS E DIRETORA DE ESCOLA EM SÃO JOSÉ, CONCURSADA.

PAIS DE ALUNA COM DEFICIÊNCIA - FOI APRESENTADA VIDEO DA ALUNA NA ESCOLA EM MOMENTOS DE SUPERAÇÃO, PAIS TAMBÉM FAZEM APELO NA BUSCA DA MELHORIA E DA QUALIDADE.

NAZARENO ALUNO COM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM, MAS SUPEROU E NESTE MESMO DIA IRIA RECEBER O DIPLOMA DE ENFERMAGEM.

MARCELA DEFICIENTE VISUAL COMPROMETIDA, MAS PINTA, BORDA, FAZ UNHAS, É CABELEIREIRA.

FRANCISCO VIVALDO - DEFICIENTE INTELECTUAL

PAULINE ALUNA COM CRI-DU-CHAT (miado do Gato), ACOMPANHADA DE SUA MÃE D. MARIA JOSÉ QUE É INTERPRETE DE LIBRAS EM SÃO JOSÉ DE MIPIBU. A MÃE FALOU DAS DIFICULDADES E EMPECILHOS ENCONTRADAS E DA SUPERAÇÃO DA FILHA.

GRAÇA ARAÚJO, DRA HELIANA (Promotora de Justiça) LÚCIA MARTINS ( Secretária Municipal de Educação) JOIRAN (Painelista), TATIANE LIMA (Coordenadora de AEE) e FERNANDA (Professora de AEE e responsável pelo uso das mídias neste dia)


EQUIPE RESPONSÁVEL PELO EVENTO: COORDENADORA E PROFESSORAS DE AEE, EM SÃO JOSÉ DE MIPIBU.


quinta-feira, 22 de agosto de 2013

22 de agosto - Dia do Educador Especial.

Parabéns a todos os educadores que trabalham com a Educação Inclusiva, que acreditam no potencial do seu aluno e que nunca perdem as esperanças em dias melhores.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Maria Teresa Mantoan e Virginia Marino falam sobre a Educação Inclusiva

Inclusão Escolar - Programa Educação Brasileira
Entrevista com Maria Teresa Matoan sobre inclusão escolar 

TV Cultura/Univesp TV - 14 de agosto de 2013
O Programa Educação Brasileira de 14 de agosto de 2013 tratou do tema Inclusão Escolar. Como a questão tem sido tratada nas escolas brasileiras? E o Plano Nacional de Educação? O que ele prevê para este assunto? Para responder estas e outras questões, participaram da discussão Maria Teresa Mantoan, da Faculdade de Educação da Unicamp, e Virgínia Marino, do Departamento de Ações Educacionais da Secretaria de Educação de São Bernardo do Campo.



domingo, 11 de agosto de 2013

11 de agosto - Dia Especial.

Hoje é um dia muito importante e especial, pois comemoramos: O dia dos Pais, o dia dos Estudantes, o dia do Garçom e o dia do Advogado. Que Deus abençoe e ilumine todas estas profissões e em especial a todos nós alunos, professores, tutores, formadores e coordenadores da Especialização em AEE.













quarta-feira, 7 de agosto de 2013

O Efeito do TDAH no Casamento

 Pessoas que convivem diariamente com pessoas que tem TDAH sabem como essas relações podem se tornar difíceis e desgastantes. Estudos recentes têm focado especificamente nas dificuldades que surgem em casamentos onde apenas um, ou ambos os cônjuges tem TDAH. Esses casamentos muitas vezes vivem sucessivas crises que em muitos casos, podem levar ao divórcio.
Alguns autores defendem a existência de um perfil consistente e previsível de casamentos prejudicados pelo TDAH e, que ao identificar esses aspectos é possível traçar uma estratégia de tratamento que permita que o casal se relacione melhor com as dificuldades impostas pela convivência com uma pessoa com TDAH.
Igual a todos os casamentos, os casamentos afetados pelo TDAH podem variar entre exemplos de grande sucesso ou de completo desastre, no entanto, os casamentos afetados negativamente pelo TDAH são especificamente mais problemáticos e com maiores chances de terminarem em divórcios e mais desgaste emocional.  
Existem muitas formas de se vivenciar os prejuízos do TDAH em um casamento. A primeira é que quando se está casado com uma pessoa com TDAH, muitas vezes, o cônjuge que não é TDAH se sente ignorado e solitário no relacionamento. Por ourto lado, o cônjuge que tem TDAH tem sempre a sensação de nunca conseguir corresponder às expectativas do seu parceiro(a). O cônjuge que convive com uma pessoa com TDAH frequentemente experimenta o sentimento de estar lidando “com mais uma criança em casa”, de que está sempre se queixando e cobrando que o outro cumpra com as suas obrigações, o que gera insatisfação e frustrações intermináveis. A médio prazo, o efeito deste ciclo na relação é extremamente negativo uma vez que pode suscitar no cônjuge que tem TDAH a sensação de estar sendo controlado justamente pela pessoa (seu marido/esposa) que deveria ocupar um lugar de parceria. 
Não importa o quanto o indivíduo com TDAH tente, ele nunca consegue satisfazer minimamente as expectativas do cônjuge, sempre responde com um desempenho inferior ao esperado, se sente constantemente cobrado, mas nunca satisfaz as demandas do outro. A sensação que ele experimenta é de estar vivendo continuamente um interminável ciclo de cobranças.
Se alguma dessas descrições parecerem familiares, é porque provavelmente o casamento está sofrendo com o efeito nocivo dos sintomas do TDAH. Vidas emocionais estão em risco. Os  estudos científicos mostram como as pessoas que tem TDAH são duas vezes mais suscetíveis a divórcios do que as pessoas que não tem TDAH (Bierderman et al. in 1993). Esses dados não significam que os que tem TDAH são incapazes de estabelecer bons relacionamentos afetivos. Nesses casamentos, na maioria das vezes o fracasso se deve ao fato de ambos os cônjuges serem vítimas de uma combinação de sintomas de TDAH não compreendidos e, portanto, interpretados como comportamento voluntário do outro.
O desencadeamento de uma série de respostas negativas previsíveis em ambos os cônjuges cria uma espiral descendente no casamento. As características destrutivas em um relacionamento não são exclusividade dos sintomas do TDAH, mas as consequências de um padrão de relacionamento que incluem os sintomas do TDAH e as respostas equivocadas a estes sintomas, geram crises conjugais, muitas vezes insolúveis. Esse padrão é conhecido como ciclo sintoma-resposta, que é a base da má comunicação que se instala no casamento com indivíduos com TDAH.
            Em casamentos que se encontram em situações extremas, onde a esperança parece ter desaparecido e onde um não reconhece mais no outro aquela pessoa por quem se apaixonou, existem estratégias que podem ser adotadas pelo casal para que juntos conseguam construir uma relação que possa coexistir com a presença do TDAH.

Para reconstruir com sucesso um casamento prejudicado pela presença do TDAH é necessário, primeiramente, que ambos os cônjuges estejam dispostos a buscar tratamento especializado e dispostos a fazer mudanças. A responsabilidade pelo casamento não pode recair somente sobre aquele que tem TDAH. Se o casamento se encontra em crise, é possível que seja consequência do comportamento do casal. Somente mudando a forma com que ambos interagem emocionalmente é que pode ser feita uma mudança na qualidade do relacionamento.
Em segundo lugar, ao entender qual o papel que o TDAH desempenha na dinâmica da relação, é possível com ajuda de um profissional especializado melhorar a comunicação entre o casal e evitar que as mesmas respostas que levaram o casal ao conflito permanente continuem se repetindo. Nesses casos, o conhecimento sobre o TDAH e seus efeitos no casamento é uma ferramenta fundamental e permite que o casal resignifique comportamentos que antes eram vistos como sendo “má vontade” e “preguiça”, possam ser vistos como sintomas do TDAH.
Algumas estratégias benéficas que o casal pode tentar estabelecer tendo como objetivo a melhora na comunicação do casal.
 1. Restabelecer e cultivar a empatia pelo cônjuge, tentar entender o porquê do outro apresentar comportamentos específicos sem antecipar a intenção do outro. Olhar para si mesmo e para as suas responsabilidades e refletir de que maneira as suas ações reverberam no outro e quais as consequências delas.
 2. Evitar que as mesmas emoções acarretem nas mesmas respostas. Identifique onde o padrão se repete e trabalhe exaustivamente para ter uma reação diferente da comum, que você já sabe que não funciona.
3. Responder agressivamente à distração do(a) seu(sua) marido(esposa) é muito menos eficaz do que tentar apoiá-lo e motivá-lo a mudar o seu comportamento. Mesmo que pareça que seu cônjuge com TDAH mereça as suas reclamações, entenda que, na verdade, com esta atitude agressiva ele vai se sentir cada vez mais desmotivado e cada vez menos amado e compreendido.
4. A busca de tratamento especializado é fundamental para que as estratégias de convivência sejam eficazes a longo prazo;  frequentemente ambos os cônjuges precisam de algum tipo de tratamento (psicoterapia). Os anos de convívio dentro de um casamento com uma pessoa com TDAH podem desenvolver ou agravar outras condições psicológicas do cônjuge, como:  depressão, ansiedade, desesperança e outras questões subjetivas.
5. Finalmente, após todo um trabalho no sentido de melhorar a má comunicação que se instalou no casamento, o casal poderá resgatar uma posição positiva no relacionamento e empreender uma caminhada em direção à reconstrução de uma relação saudável.
Para maiores informações leia o livro:
ORLOV, M. The ADHD Effect on Marriage: Understand and Rebuild Your Relationship in Six Steps. Florida: Specialty Press, 2010.
Encontra-se disponível no site: www.amazon.com 

terça-feira, 6 de agosto de 2013

SUGESTÃO DE ATIVIDADES PARA CRIANÇAS COM SINDROME DE DOWN

Amigas e amigos, encontrei estes informes no site: http://colegiosacramento.com.br/blogs/coisadecrianca/2013/01/sindrome-de-dow/
Acredito ser muito importante para todos nós e resolvi compartilhar neste meu blog, tenho certeza de que que nos ajudará bastante.
A ESTIMULAÇÃO NESTA FASE: os objetos são os mesmos das fases anteriores, isto é, aproveitar as capacidades atuais da criança, preparando-a assim para atingir atividades mais complexas. Como o momento é de um aperfeiçoamento do andar, que se torna mais seguro e rápido, as atividades motoras o utilização cada vez mais; assim, alguns exercícios para facilitar esta fase são:
1. Com a criança de pé , estimule-a a andar para os lados.
2. Andar como na música “Marcha soldado”. Ou seja, levantando o joelho até o peito enquanto anda, como se subisse pequenos degraus.
3. Brincar de andar como gente com pressa, de robô (ficando duro) e boneco de pano (ficando mole).
4. Construa um caminho para a criança andar no seu interior. Ele pode ser um túnel com móveis ou outros objetos no chão. A largura deve ser diminuída aos poucos, conforme a criança estiver mais segura.
5. Colocar objetos numa escada ou sofá e incentivar a criança a subir e pegá-los. Este é um treino para subir escadas mais tarde.
6. Alguns brinquedos são úteis para o desenvolvimento, como fazer um cavalinho de pau de um cabo de vassoura e triciclos de plástico, que são encontrados facilmente. .
7. Dançar.
8. Colocar objetos sobre uma mesa e estimular a criança a pegá-los, de modo que ela cruze com o braço a frente do corpo, com um movimento de braços e também do tronco.
Deve-se ter sempre uma visão real das necessidades e dificuldades da criança. A criança apresenta certas dificuldades e o que se pode fazer é ajudá-la através de um a estimulação sensível e coerente com as suas condições. Nem sempre é possível ter um quadro realístico da situação, por isso, os pais podem rever de tempos em tempos suas expectativas e frustrações; este “resumo” pode ajudar a superar alguns obstáculos. Lembre-se que esta é uma fase de maior manutenção das condições motoras e maiores progressos nas áreas sociais e mentais, que nem sempre são tão visíveis.
Este período compreendido pelas idades de 2 a 5 anos não deve ser entendido de forma rígida; todas as crianças são diferentes e muitas precisam passar por atividades muito simples, e só depois desenvolver atividades mais complexas.
As crianças com SD têm uma tendência a ficar na posição de Buda, e fazer tudo nesta posição. Este é um hábito desaconselhado, pois trazer problemas articulares, ligamentares e musculares mais tarde, além de ser, socialmente, um pouco constrangedor. É melhor que a criança utilize a posição sentada no chão com as pernas juntas para um lado.
JOGOS E BRINCADEIRAS
Para brincar é preciso certa organização, senão a criança ficará confusa e não produzirá.
1. Você já brincava de cuca achou com a sua criança, agora transfira esta experiência para outros objetos, isto é, esconda brinquedos sob panos e travesseiros e estimule-a a procurá-los.
Continue reforçando as vitórias e estimulando-a não desistir! Você pode facilitar chamando a atenção da criança quando esconde os objetos, e fazendo os movimentos mais lentamente, como se fosse em câmara lenta. Por exemplo: peque um urso, mostre-o à criança e vá dizendo que vai escondê-lo, até o momento que realmente o colocou sob o pano: aí incentive a criança a procurá-lo.
2. Com caixas e recipientes de vários tamanhos pode-se brincar de encaixar e guardar coisas dentro. Isto, além de ajudar a coordenação manual da criança, proporciona uma noção mais apurada da forma e tamanho dos objetos, através do contato com os materiais.
3. Com tinta atóxica deixe a criança pintar num papel, no início ela usará os dedos, depois introduza pincéis e lápis.
4. Outra coisa que traz muita experiência e é uma ótima brincadeira são as diversas formas que a argila e as massas de modelar tomam nas mãos das crianças e também dos adultos. Faça bonecos para sua criança com estes materiais e incentive também a sua produção. É útil guardar potinhos de iogurte, caixas de fósforo vazias, retrós de linha e outras sucatas, que podem servir na confecção de uma infinidade de brinquedos. Por exemplo: um rolo vazio de papel higiênico, pode ser o corpo de um boneco, com a cabeça de argila, as pernas e braços de palitos e o cabelo de linha.
5. A bola é um meio rico de brincar com a criança. Comece só com duas pessoas (criança e mais um pessoa), num jogo de dar e receber a bola, rolando-a no chão. Aos poucos, quando a criança já tiver compreendido a brincadeira, entre com crianças ou adultos. Depois você pode sofisticar o jogo, isto é, começar a introduzir algumas regras, por exemplo: passar a bola de uma pessoa para outra numa sequencia pré-determinada; jogar bola de pé e chutar para determinadas pessoas; bater a bola no chão antes de jogá-la; e uma variedade incrível de jogos que você pode criar.
6. Brincar de esconde-esconde; esconder-se atrás dos móveis, no quintal e em outros locais que sejam de fácil acesso à criança, que pode estar andando ou engatinhando. Revezar entre os vários participantes do jogo, a vez de cada um procurar.
7. Brincar de faz de conta e de contar histórias. Deve-se perceber o quanto as coisas do dia-a-dia fazem parte das histórias das crianças, assim é importante não fazer as coisas mecanicamente, mas tentando relacioná-las e mostrar sua importância.

Sistema motor fino e grosso
Muitas crianças com Síndrome de Down têm flacidez muscular (hipotonia), o que pode afetar sua habilidade motora fina e grossa. Isso pode atrasar as fases do desenvolvimento motor, restringindo experiências dos primeiros anos, tornando o desenvolvimento cognitivo mais lento. Na sala de aula, o desenvolvimento da escrita é especialmente afetado.
ESTRATÉGIAS
- Oferecer exercícios extras, orientação e encorajamento – todos as habilidades motoras melhoram com a prática.
- Oferecer atividades para o fortalecimento do pulso e dedos, como por exemplo alinhavar, seguir tracinhos com o lápis, desenhar, separar, cortar, apertar, construir, etc.
- Usar um grande leque de atividades e materiais multi-sensoriais.
- Procurar que as atividades sejam o mais significativas e prazerosas possível.
Dificuldade de fala e de linguagem
Crianças com Síndrome de Down típicas possuem dificuldade de fala e linguagem e devem ser atendidas regularmente por fonoaudiólogos que podem sugerir atividades individualizadas para promover o desenvolvimento de sua fala e linguagem.
O atraso na linguagem é causada por uma combinação de fatores, alguns deles físicos e alguns devido a problemas cognitivos e de percepção. Qualquer atraso em aprender a entender e usar a linguagem pode levar a um atraso cognitivo. O nível de conhecimento e entendimento e, logo, a habilidade de acessar o currículo vai inevitavelmente ser afetada. Habilidades receptivas são mais desenvolvidas do que habilidades de expressão. Isso quer dizer que as crianças com Síndrome de Down entendem mais do que são capazes de expressar. Como resultado disso, as habilidades cognitivas destes alunos são freqüentemente subestimadas.
ATRASO NA AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM- Vocabulário menor, levando a um conhecimento geral menor.
- Dificuldade de aprender regras gramaticais (não usar vocábulos de conexão, preposições, etc), resultando num estilo telegráfico de discurso.
- Habilidade para aprender vocabulário novo mais fácilmente do que as regras gramaticais.
- Maiores problemas em aprender e usar linguagem social.
- Maiores problemas em entender linguagem específica apresentada no currículo.
- Dificuldade em compreender instruções.
Além disso, a combinação de ter uma boca menor e músculos da boca e da língua mais fracos torna a formação das palavras fisicamente mais difícil, e quanto maior a frase maiores ficam os problemas de articulação.
Problemas de fala e linguagem para estas crianças normalmente significam que menos oportunidades lhes são oferecidas para manter uma conversação. É mais difícil para eles pedir informação ou ajuda. Os adultos costumam fazer perguntas fechadas, ou terminar uma frase pelas crianças sem lhes dar tempo para falarem por si próprios nem ajudar para que eles consigam fazê-lo.
A consequência disso é que a criança:
- Ganha menos experiência de linguagem que lhe dê oportunidade de aprender novas palavras e estruturas de período.
- Tem menos oportunidade de praticar para tentar falar com mais clareza.
ESTRATÉGIAS
- Dar tempo para o processamento da linguagem e para responder.
- Escutar atentamente – seu ouvido irá se acostumar.
- Falar frente à frente e com os olhos nos olhos do aluno.
- Usar linguagem simples e familiar, com frases curtas e enxutas.
- Checar o entendimento – pedir para a criança repetir instruções dadas.
- Evitar vocabulário ambíguo.
- Reforçar a fala com expressões faciais, gestos e sinais.
- Ensinar a ler e usar palavras impressas para ajudar a fala e a pronúncia.
- Reforçar instruções faladas com instruções impressas, usar também imagens, diagramas, símbolos e material concreto.
- Enfatizar palavras-chave reforçando-as visualmente.
- Ensinar gramática com material impresso, cartões de figuras, jogos, figuras de preposições, símbolos, etc.
- Evitar perguntas fechadas e encorajar a criança a falar além de frases monosilábicas.
- Encorajar o aluno a falar em voz alta na sala dando a ele estímulos visuais. Permitir que eles leiam a informação pode ser mais fácil para eles do que falar espontaneamente.
- O uso de um diário para casa e escola pode ajudar os alunos a contar suas “ novidades”.
- Desenvolver a linguagem através de teatro e faz-de-conta.
- Encorajar o aluno a liderar.
- Criar oportunidades onde ele possa falar com outras pessoas, por exemplo, levar mensagens, etc.
- Providenciar várias atividades e jogos de ouvir por pouco tempo e materiais visuais e táteis para reforçar a linguagem oral e fortalecer as habilidades auditivas.
DÉFICIT DE MEMÓRIA AUDITIVA RECENTE E NA HABILIDADE DE PROCESSAMENTO AUDITIVO
Outros problemas de fala e linguagem em crianças com Síndrome de Down surgem por conta de dificuldades na memória auditiva recente e nas habilidades de processamento auditivo. A memória auditiva recente é a memória armazenada usada para manter, processar, entender e assimilar a língua falada o tempo suficiente para responder. Qualquer déficit na memória auditiva recente vai afetar consideravelmente a habilidade do aluno em responder a palavra falada ou aprender a partir de situações que se prendam somente a sua habilidade auditiva. Além disso, eles acham mais difícil seguir e lembrar de instruções verbais.
ESTRATÉGIAS
- Limite a quantidade de instruções verbais a uma de cada vez.
- Dê tempo à criança para processar e responder às colocações verbais.
- Repita individualmente para o aluno qualquer informação ou instrução que foi dada a classe como um todo.
- Tente evitar instruções ou discussões na classe que sejam muito longas.
- Planeje traduções visuais e-ou atividades alternativas.
Lembre-se: em geral, crianças com Síndrome de Down têm fortes habilidades de aprendizagem visual mas não são bons aprendizes auditivos. Sempre que possível eles necessitam de apoio visual e concreto e materiais práticos para reforçar as informações auditivas.

Capacidade de concentração mais curta
Muitas crianças com Síndrome de Down têm uma capacidade de concentração mais curta e são facilmente distraídos. Além disso, a intensidade do aprendizado com apoio, especialmente quando ele se dá individualmente, é muito maior e a criança se cansa mais facilmente do que a criança que não necessita deste apoio.
ESTRATÉGIAS
- Construa uma gama de tarefas curtas, focalizadas e definidas claramente nas aulas.
- Varie o nível de demanda de tarefa para tarefa.
- Varie o tipo de apoio.
- Use os outros colegas para manter o aluno trabalhando.
- Na hora da rodinha, situe o aluno próximo ao professor (sem sentar no colo!).
- Providencie um quadrado de carpete para que a criança fique sentada no mesmo lugar.
- Trabalhar no computador às vezes ajuda a manter o interesse da criança por mais tempo.
- Crie uma caixa de atividades. Isso é útil para as horas em que a criança terminou sua atividade antes de seus colegas, precisa mudar de tarefa ou precisa dar um tempo. Coloque uma série de atividades que o aluno gosta de fazer, incluindo livros, cartões, jogos de manipulação, etc. Isso encoraja a escolha dentro de uma situação estruturada. Deixar que outra criança participe é uma boa maneira de encorajar amizade e cooperação.
GENERALIZAÇÃO, PENSAMENTO ABSTRATO E RACIOCÍNIO
Quando uma criança tem deficiência de fala e linguagem, suas habilidades de pensamento e raciocínio são inevitavelmente afetadas. Ela encontra mais dificuldade em transferir suas habilidades de uma situação para outra. Conceitos e assuntos abstratos podem ser particularmente difíceis de entender e a capacidade de resolução de problemas pode ser afetada.
ESTRATÉGIAS
- Não assuma que o aluno vai transferir conhecimento automaticamente.
- Ensine novas habilidades usando uma variedade de métodos e materiais e em vários contextos diferentes.
- Reforce o aprendizado de conceitos abstratos com materiais concretos e visuais.
- Ofereça explicações adicionais e dê demonstrações.
- Encoraje a solução de problemas.

CONSOLIDAÇÃO E RETENÇÃO
Alunos com Síndrome de Down geralmente levam mais tempo para aprender e consolidar coisas novas e a habilidade de aprender e absorver o aprendizado pode variar de um dia para o outro.
ESTRATÉGIAS
- Ofereça mais tempo e oportunidade para repetições adicionais e reforço.
- Apresente informações e conceitos novos de maneiras variadas, usando material concreto, prático e visual, sempre que possível.
- Siga em frente mas sempre dê uma revisada para assegurar que coisas aprendidas anteriormente não ficaram esquecidas com a assimilação das novas informações.
ESTRUTURA E ROTINA
Muitas crianças com Síndrome de Down se dão bem com rotina, estrutura e atividades focalizadas claramente. Situações informais e sem estrutura são geralmente mais difícieis para eles. Eles também podem se sentir contrariados com qualquer mudança. Podem precisar de maior preparação e podem levar mais tempo para se adaptar às mudanças na sala de aula e nas transições.
ESTRATÉGIAS
- Explique sobre a grade de horários, rotinas e regras escolares explicitamente, dando tempo e oportunidade para que aprenda
- Providencie uma grade de horários visualmente atraente: use palavras, desenhos, figuras e fotos.
- A progressão da aula durante o dia deve poder ser acompanhada pelo horário.
- Quando uma grade visual não for apropriada, arrume uma série de fotos ou figuras descrevendo as atividades escolares. Estas fotos podem ser mostradas a criança antes da atividade ser começada.
- Certifique-se de que a crinaça sabe qual será a próxima atividade.
- Atenha-se à rotina sempre que possível.
- Prepare a criança com antecedência se souber que haverá alguma mudança e informe os pais.
- Solicite a ajuda da criança na preparação para a atividade subsequente dando-lhe uma tarefa específica.
INCLUSÃO SOCIAL
O objetivo primordial para qualquer criança de 5 anos entrar na escola é a inclusão social. Como com qualquer criança, é muito mais difícil progredir nas áreas cognitivas até que ela seja capaz de se comportar e interagir com os outros de maneira socialmente aceitável e entender e responder apropriadamente ao ambiente que a cerca. Todas crianças com Síndrome de Down se beneficiam em se misturar com colegas com desenvolvimento típico. Muitas vezes eles ficam felizes em agir como os colegas e geralmente os usam como modelos para o comportamento social apropriado e motivação para aprender. Este tipo de experiência social, quando existe a expectativa de que as outras crianças se comportem e consigam fazer coisas de acordo com sua faixa etária, é extremamente importante para as crianças com Síndrome de Down, que geralmente tem um mundo mais confuso e menos maduro social e emocionalmente. Mesmo assim, muitas delas precisam de ajuda adicional e apoio para aprender as regras para o comportamento social apropriado. Elas não aprendem facilmente de forma incidental e não pegam as convenções intuitivamente como seus colegas. Elas vão levar mais tempo do que seus colegas para aprender as regras. O foco principal da ajuda adicional nos primeiros anos deve ser aprender as regras do comportamento social adequado.
ESTRATÉGIAS
- Reconhecer as principais rotinas do dia.
- Aprender a participar e responder apropriadamente.
- Responder a perguntas e instruções dadas oralmente.
- Aprender a respeitar a vez de cada um, dividir, dar e receber.
- Aprender a fazer fila.
- Aprender a sentar no chão na hora da rodinha.
- Aprender comportamentos apropriados.
- Aprender as regras da escola e da classe, tanto as formais quanto as informais.
- Trabalhar independentemente.
- Trabalhar em cooperação com os outros.
- Fazer e manter amizades.
- Desenvolver de habilidades de auto-ajuda e tarefas práticas.
- Tomar conta, se preocupar com os outros.
HORA DE BRINCAR
Algumas ajudas adicionais na inclusão de crianças pequenas com Síndrome de Down durante a hora da brincadeira podem ser necessárias. Porém, qualquer ajuda de adulto que a criança tiver, se não for usado com sensibilidade, pode erguer uma barreira entre a criança e seus colegas, o que, junto com a dificuldade de fala e linguagem, pode tornar as coisas muito mais difíceis para a criança com Síndrome de Down:
- Começar independentemente a brincar com outras crianças.
- Entender as regras do jogo.
- Entender as regras de “ser amigo”.
ESTRATÉGIAS
- Encoraje o aprendizado cooperativo em trabalho com um parceiro ou num grupo pequeno.
- Não coloque sempre o aluno junto com o grupo menos capaz ou menos motivado. Alunos com Síndrome de Down se beneficiam por trabalhar com crianças mais capazes se as tarefas forem adequadamente diferenciadas.
- Promova a conscientização sobre as deficiências através de, por exemplo, uma discussão com toda a classe ou a escola. É importante que os alunos se familiarizem com o colega com Síndrome de Down, entendam seus pontos fortes, seus pontos fracos, sua capacidade e também reconheçam que ele tem as mesmas necessidades emocionais e sociais do que eles próprios.
- Se achar adequado, promova uma alternância de amigos ou um sistema de colega de apoio para ajudar na inclusão.
- Use a ajuda dos colegas no lugar de adultos sempre que possível.
- Organize apoio para oferecer sessões de brincadeira estruturadas na hora do recreio.
- Encoraje a participação do aluno em atividades extra-curriculares com os colegas da escola (clubes de livro, esportes, etc).
- Encoraje habilidades de independência e vida prática, por exemplo, dando-lhe responsabilidades – devolver livros, levar mensagens, etc.
- Encoraje-o a conhecer a si mesmo, respeitar a própria identidade, promova sua auto-estima e auto-confiança.
- Promova o entendimento através de teatro, livros, figuras ou na hora da rodinha.
COMPORTAMENTO
Não há problemas de comportamento característicos de crianças com Síndrome de Down. Porém, muito de seu comportamento estará relacionado a seu nível de desenvolvimento. Então, quando ocorrem problemas, eles são geralmente parecidos com aqueles vistos em crianças de desenvolvimento típico mais novas.
Além disso, crianças com Síndrome de Down cresceram tendo que lidar com mais dificuldades do que muitos de seus colegas. Muito do que se espera que eles façam em seu dia-a-dia será muito mais difícil de conseguir fazer devido a seus problemas de comunicação, audição, memória, coordenação motora, concentração, e dificuldade de aprendizado. Os problemas de comportamento
podem, portanto, ser desencadeados em algumas situações aparentemente banais. Por exemplo, eles podem se sentir frustrados ou ansiosos com mais facilidade. Então, o fato da criança ter Síndrome de Down não necessariamente quer dizer que ela vá apresentar inevitavelmente problemas de comportamento, mas a natureza de suas dificuldades os fazem mais vulneráveis a desenvolver problemas de comportamento.
Uma questão particular dos problemas de comportamento são as estratégias para escapar das tarefas. Pesquisas mostram que, como muitos alunos com necessidaes educacionais especiais, crianças com Síndrome de Down costuma adotar estas estratégias que comprometem o progresso de seu aprendizado. Alguns alunos usam comportamentos anti-sociais para distrair a atenção dos adultos e escapar do trabalho, e parecem apenas aceitar fazer tarefas que exigem muito pouco de sua capacidade cognitiva.
É importante o professor ficar atento à possibilidade destas estratégias e saber separar comportamento imaturo de mau-comportamento deliberado, e assegurar que o nível de desenvolvimento e não a idade cronológica da criança seja levado em consideração, junto com sua capacidade de entender instruções dadas oralmente. Qualquer recompensa a ser oferecida trambém deve levar em conta estes fatores.
ESTRATÉGIAS
- Assegurar que as regras são claras
- Assegurar que todos os funcionários da escola saibam que a criança com Síndrome de Down deve obedecer às regras como qualquer aluno.
- Utilizar instruções curtas, precisas e claras e gestos e expressões que as confirmem – explicações longas e complexas não são apropriadas.
- Distinguir o “não consigo fazer” do “não vou fazer”
- Investigar qualquer comportamento inapropriado, perguntando a si mesmo por que a criança está agindo deste modo: a tarefa é muito fácil ou muito difícil ? A tarefa é muito longa ? O trabalho é adequado para a criança ?
- O aluno compreende o que é esperado dele ?
- Encorajar comportamento positivo desenvolvendo figuras de bom comportamento. Por exemplo, mostrar uma foto da turma ou de um grupo arrumando a sala direitinho, pode ser o bastante para encorajá-lo a fazer o mesmo.
- Reforçar o comportamento desejado imediatamente com sinais de aprovação visuais ou orais.
- Ignorar tentativas de chamar a atenção dentro do possível – o seu propósito é criar distração
- Desenvolver uma série de estratégias para lidar com a tentativa de escapar: algumas funcionarão melhor que outras com algum um aluno em particular.
- Assegurar que o professor de apoio não seja o único lidando com o mau-comportamento. O professor da turma tem a responsabilidade sobre a criança.
- Assegurar que a criança trabalhe com colegas que sejam bons modelos em comportamento.
PRÁTICAS DE SALA DE AULA
Muitos alunos com Síndrome de Down, assim como outros alunos com
necessidades educacionais especiais, não se adaptam a algumas práticas de sala de aula: aulas expositivas para a turma inteira, aprender ouvindo, e trabalho de reforço baseado em exercícios sem modificação. Portanto, os professores precisam analisar suas práticas de sala de aula e todo o ambiente de aprendizado na classe de forma que as atividades, os materiais e os grupos de alunos sejam levados em conta. Para certos propósitos, a habilidade será menos importante do que os estilos de aprender de cada aluno. É importante, por exemplo, utilizar a motivação e a oportunidade para aprender com bons modelos que surgem quando o aluno com Síndrome de Down está trabalhando em grupo os colegas.
Estudos mostram que não apenas os alunos com necessidades educacionais especiais preferem trabalhar em grupo, mas o grupo cooperativo fomenta o aprendizado.
ESTRATÉGIAS
Decida quando a criança deve trabalhar:
- Em atividades com toda a classe.
- Em grupo ou em pares na classe.
- Em grupo ou em pares numa área afastada.
- Individualmente independentemente ou individualmente com o professor.
Decida quando a criança deve ficar:
- Sem apoio.
- Com apoio dos colegas.
- Com apoio do professor assistente.
- Com apoio do professor da turma.
- Faça um Plano de Educação Individual para atingir determinadas áreas que necessitem atenção.
- Produza uma grade de horário visualmente atraente para que a criança entenda a estrutura do seu dia.
LINGUAGEM
COMPETÊNCIAS
HABILIDADES
EIXOS COGNITIVOS
  • · Desenvolver a comunicação oral, para interagir e expressar ideias por meio da linguagem oral;
  • · Desenvolver e ampliar gradativamente suas
possibilidades de comunicação oral, escrita;
  • · Expandir o uso da linguagem oral, compreendendo-a em diferentes situações de
participação social.
  • · Identificar os personagens da história contada pela professora;
  • · Manejar livros de histórias, fantoches recontando a sua história;
  • · Respeitar e aceitar as regras de convivência;
  • · Recontar fatos do cotidiano (sala de aula, parques, pátios brincadeiras);
  • · Expressar-se utilizando a pintura;
  • · Identificar a 1ª letra do nome;
  • · Realizar atividades de movimentação do corpo, trabalhando a expressão corporal;
  • · Apreciar as atividades lúdicas
compreendendo regras de jogos e brincadeiras;
  • · Explorar as possibilidades de gestos e ritmos corporais para expressar-se em situações do cotidiano;
  • · Conhecer o próprio corpo, nomeando suas partes;
  • · Interessar-se por histórias de literatura.


Linguagem Escrita
  • · Reconhecimento da escrita da 1ª letra do nome;
  • · Desenvolvimento motor;
Linguagem Oral
  • · Visualização das consoantes (alfabeto);
  • · Conversas informais;
  • · Percepção visual e auditiva;
  • · Explorar gravuras;
  • · Leitura de diferentes gêneros literários, contos, poemas, parlendas, trava-línguas.

Expressão Corporal
  • · Noção de tempo e espaço;
  • · Lateralidade;
  • · Cantar fazendo gestos;
  • · Conhecer a localização das partes do corpo;
  • · Correr, andar, saltar, pular, marchar, chutar, arrastar e dançar;
  • · Participar de jogos e brincadeiras dirigidas.
  • · Educação sensorial.

MATEMÁTICA
COMPETÊNCIAS
HABILIDADES
EIXOS COGNITIVOS
  • · Desenvolver a capacidade de reconhecer a cor apresentada no seu cotidiano;
  • · Desenvolver o raciocínio lógico exercitando as capacidades para
pensar logicamente com o
intuito de resolver situações-problema;
  • · Conhecer as figuras geométricas;
  • · Desenvolver a capacidade de diferenciar diferentes sons;
  • · Conhecer os números e reconhecê-los nas situações do dia a dia;

  • · Identificar e reconhecer as cores primárias nos diferentes ambientes da escola;
  • · Relacionar figuras iguais quanto à cor e a forma;
  • · Observar os objetos em sala. Construir novos objetos a partir das noções de tempo e do
espaço. Manusear diferentes objetos;
  • · Classificar objetos, elementos, pessoas identificando as características ou atributos
fundamentais dos objetos;
  • · Identificar características semelhantes nos objetos de acordo com o conhecimento
lógico matemático (grande/ pequeno; cheio/vazio; muito/pouco; pesado/leve;
alto/baixo;
  • · Identificar e relacionar as formas geométricas com os objetos encontrados em seu dia-a-dia;;
  • · Vivenciar situações matemáticas através de
brincadeiras e dramatizações.

Grandezas e medidas (Conceitos)
  • · Cheio/ vazio;
  • · Grande/pequeno;
  • · Dentro /fora;
  • · Muito/pouco;
  • · Em cima/ embaixo;
  • · Áspero/liso;
  • · Mole/duro;
  • · Grosso/fino;
  • · Alto/baixo;
  • · Quente/frio;
  • · Aberto/fechado.
Formas geométricas
  • · Triângulo;
  • · Círculo;
  • · Quadrado/Retângulo.
Cores Primárias
Noções de espaço
  • · Agrupar objetos;
  • · Representações por meio de desenhos em diferentes ângulos;
  • · Construções com blocos, maquetes e painéis;
  • · Circuito de obstáculos;
  • · Sistema de numeração;
  • · Quantificação de 1 a 5 · Visualização dos numerais de 0 a 10
  • · Contagem oral de 1 a 10.
  • · Agrupamento, classificação e seriação.
NATUREZA E SOCIEDADE
COMPETÊNCIAS
HABILIDADES
EIXOA – CONTEÚDOS
  • · Compreender o ambiente estabelecendo relações com pessoas, pequenos animais,
plantas e com objetos diversos manifestando curiosidade e interesse;
  • · Estabelecer relações entre fenômenos da natureza;
  • · Desenvolver cuidados simples de higiene
com o corpo e o ambiente;
  • · Desenvolver a atenção e as habilidades de identificar, estabelecer relações e
solucionar problemas.
  • · Compreender a importância da escola,
da professora e dos colegas;
  • · Reconhecer a importância dos bons hábitos de higiene;
  • · Identificar os diferentes ambientes da escola;
  • · Identificar as partes do corpo suas funções e características;.
  • · Relacionar as características das pessoas
que fazem parte da sua família;
  • · Identificar as datas comemorativas, como datas importantes em nosso meio
escolar;
  • · Desenvolver os hábitos de higiene;
  • · Identificar diferentes tipos de alimentos;
  • · Estimular a atenção e a observação;
  • · Valorizar a cultura brasileira e alagoana;
  • · Explorar o meio ambiente e suas riquezas;
  • · Identificar a festa Junina como atividade Folclórica de nossa tradição;
  • · Reconhecer as estações do ano, identificando suas características próprias;
  • · Identificar os direitos e deveres que precisamos ter no trânsito, reconhecendo sua sinalização;
  • · Desenvolver a linguagem oral;
  • · Valorizar a Bandeira do Brasil e de Alagoas;
  • · Reconhecer o Natal, como data religiosa;

Relações sociais

  • · Eu;
  • · Família;
  • · Escola;
  • · Hábitos de higiene corporal/saúde;
Seres vivos e ambiente natural;
  • · Meu corpo;
  • · Animais;
  • · Plantas;
  • · Os sentidos;
  • · Alimentação;
  • · Meio ambiente;
  • · Mudanças de tempo (Dia e noite);
  • · As estações do ano.
Trabalho
  • · Meios de comunicação;
  • · Meios de transportes;
  • · Profissões.
Cultura e tempo
  • · Carnaval;
  • · Circo;
  • · Páscoa;
  • · Índio;
  • · Dia das mães;
  • · Festa junina;
  • · Dia dos pais;
  • · Folclore;
  • · Trânsito;
  • · Pátria;
  • · Bíblia;
  • · Árvore;
  • · Dia das crianças;
  • · Natal.