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quarta-feira, 12 de junho de 2013

Conhecendo as Necessidades Especiais para saber lidar com os alunos:

Deficiência Visual

Baixa Visão:
É a alteração da capacidade funcional da visão, decorrente de inúmeros fatores isolados ou associados, tais como: baixa acuidade visual significativa, redução importante do campo visual, alterações corticais e/ou de sensibilidade aos contrastes, que interferem ou que limitam o desempenho visual do indivíduo.
A perda da função visual pode se dar em nível severo, moderado ou leve, podendo ser influenciada também por fatores ambientais inadequados. Logo que detectada a baixa visão, existem técnicas para trabalhar o resíduo visual (usam-se óculos, lupas, etc) as pessoas com baixa visão distinguem vultos, claridade e objetos a pouca distância. Utilizam para leitura e escrita letras com tipos ampliados.

Cegueira:
É a perda total da visão, até a ausência de projeção de luz.
Do ponto de vista educacional, deve-se evitar o conceito de cegueira legal (acuidade visual igual ou menor que 20/200 ou campo visual inferior a 20° no menor olho), utilizada apenas para fins sociais, pois não revelam o potencial visual útil para a execução de tarefas. Utilizam o método Braille para leitura e escrita, para locomoção utilizam a bengala longa e para cálculos matemáticos utilizam o soroban que é uma adaptação do antigo ábaco.

Deficiência Física:
Alteração completa ou parcial dos membros superiores (braços) e/ou inferiores (pernas), acarretando comprometimento da função física. Em alguns casos é devido à paralisia cerebral (conjunto de distúrbio motores decorrentes de uma lesão no cérebro, durante os primeiros estágios de desenvolvimento); pode ter afetada a comunicação oral, escrita e/ou gestual. Nestes casos pode ser utilizada a comunicação alternativa (pranchas ou livros de comunicação com desenhos, fotos ou símbolos com figuras correspondentes a substantivos, adjetivos, verbos e advérbios mais utilizados na linguagem do cotidiano). Pode ser utilizado o Método Bliss.

Deficiência Auditiva:
Perda parcial ou total das possibilidades auditivas sonoras, variando em graus e níveis, desde uma perda leve ate a perda total da audição. (pode-se trabalhar com os resíduos auditivos nas atividades educacionais através do uso de aparelho auditivo que amplificam o som). Utilizam a LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais (é a primeira língua materna dos surdos).

Deficiência intelectual:
É a nomenclatura usada atualmente para definir o que antigamente chamávamos de deficiência mental. O termo foi aprovado em agosto de 2006, em uma Convenção Internacional de Direitos Humanos das Pessoas com Deficiência da Organização das Nações Unidas (ONU). Dificuldade na aprendizagem de conceitos abstratos, focar a atenção, na capacidade de memorização e resolução de problemas, com manifestação antes dos 18 anos. Em alguns casos apresentam discrepância entre idade mental e a idade cronológica, porém a melhor forma de promover a interação social é colocando-os em contato com crianças da mesma faixa etária, o que contribuirá muito com seu desenvolvimento.

Deficiência múltipla:
é a associação, no mesmo indivíduo, de duas ou mais deficiências, como também a distúrbios (neurológico, emocional, e de linguagem) que causam atraso no desenvolvimento educacional, vocacional, social e emocional, dificultando sua autonomia. Aprendem mais lentamente; tendem a esquecer as habilidades que não são praticadas; necessitam de alguém para mediar seu contato com o meio que o rodeia.

Surdocegueira:
É um indivíduo com privações multisensoriais. É uma deficiência única que apresenta a perda da audição e da visão de tal forma que a combinação das duas impossibilita o uso dos sentidos à
distância, cria necessidades especiais de comunicação. Para sua autonomia, a pessoa surdocega precisa de um guia-intérprete.
Formas de comunicação: Libras, Alfabeto digital na mão da pessoa surdocega letra por letra (formato em tinta ou alfabeto de surdos), tadoma (utilização do tato, pela pessoa com surdocegueira, colocando-se a mão no rosto de quem fala).

Transtornos Globais do Desenvolvimento:
Autismo- é um transtorno do desenvolvimento, que manifesta-se tipicamente antes dos 3 anos de idade. Este transtorno compromete todo o desenvolvimento psiconeurológico, afetando a comunicação (fala e entendimento) e o convívio social, apresentando em muitos casos um retardo mental. Pode ser utilizado o Método Teacch: programa estruturado que privilegia a rotina e a antecipação das atividades através de estímulos visuais o que facilita a comunicação (linguagem receptiva e expressiva). São utilizados como estímulos (fotos, figuras, cartões), estímulos corporais (apontar, gestos, movimentos corporais).

Condutas Típicas:
São “manifestações comportamentais típicas de portadores de síndromes (Ex.: Síndrome de Asperger, Síndrome de Willians, Síndrome de Rett) e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos que ocasionam atrasos no desenvolvimento da pessoa e prejuízos no relacionamento social, em grau que requeira atendimento educacional especializado”.(MEC-SEESP,1994, p.7-8).

Altas Habilidades / Superdotação:
A Política Nacional de Educação Especial (1994) define como portadores de altas habilidades / superdotados os educandos que apresentarem notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos seguintes aspectos, isolados ou combinados: capacidade intelectual geral; aptidão acadêmica especifica; pensamento criativo ou produtivo; capacidade de liderança; talento especial para artes e capacidade psicomotora. A escola deve apresentar propostas que atendam as suas particularidades, seja na classe comum ou em programas específicos de enriquecimento em Salas de Recursos, para atendimento Suplementar.

Dislexia:
Definida como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração, a dislexia é o distúrbio de maior incidência nas salas de aula. Ela é uma condição hereditária com alterações genéticas, apresentando ainda alterações no padrão neurológico.
Haverá sempre:
- dificuldades com a linguagem e escrita;
- dificuldades em escrever;
- dificuldades com a ortografia;
- lentidão na aprendizagem da leitura;
Se criança continua apresentando alguns ou vários dos sintomas a seguir, é necessário um diagnóstico e acompanhamento adequado, para que possa prosseguir seus estudos junto com os demais colegas e tenha menos prejuízo emocional.

TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção: 
É um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD.
TDAH na infância em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. As crianças são tidas como "avoadas", "vivendo no mundo da lua" e geralmente "estabanadas" e com "bicho carpinteiro" ou “ligados por um motor” (isto é, não param quietas por muito tempo). Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas, mas todos são desatentos. Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com regras e limites.

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