Esta atividade foi realizada na escola da
zona rural com um aluno que apresenta baixa visão e deficiência intelectual. Em
baixo da mangueira, mas precisamente no espaço com areia, pois o aluno apresenta
defesa tátil, que é a forma como a criança experimenta e reage de maneira
negativa e emocionalmente as sensações do tato, para tocar na areia.
Na posição mão sob mão tentei motivar o
aluno a desfrutar do toque na areia, na intenção de estimulá-lo a usar a visão
residual, assim como outros sentidos remanescentes, provendo de informações sensoriais
necessárias que suscitem sua curiosidade.
Antecipei oralmente para o aluno o local, para
que ele se sentisse familiarizado com o ambiente, podendo explorá-lo com
segurança. Em seguida coloquei a mão do aluno sob a minha, e com o meu dedo
escrevi o nome do mesmo na areia para que ele sentisse as vibrações através da
minha mão e a segurança para que pudesse tocar, mexer e escrever na areia, pós
3 minutos retirei a minha mão e solicitei que o mesmo escrevesse na areia o que
quisesse ou desenhasse algo que ele imaginava ser e que estava lembrando
naquele momento; e para minha surpresa o mesmo tentou com o dedo na areia
fazendo círculos e listas, quando eu perguntei o que ele tinha feito ele falou:
uma bola.
Dando continuidade a atividade coloquei a
mão dele sob a minha novamente e fizemos todo o percurso explorando um objeto,
desta vez um violão. E o sorriso do mesmo foi estampado ao sentir as vibrações
das cordas e escutar o som, após 3 minutos parei e ele pediu para que
continuasse com a minha mão no violão e a dele em cima, ao que atendi, mas
quando retirei a minha mão ele temeu realizar sozinho, incentivei através da
conversa e ele novamente recusou, parei a atividade por este dia. No dia seguinte
repeti e o mesmo conseguiu sentindo-se mais seguro.
Foi emocionante ver a potencialidade
apresentada pelo aluno e a superação do medo, bem como o toque iniciando pela
areia.
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